sábado, 20 de agosto de 2016

 Lavei minha alma! 


As meninas que valem OURO não trouxeram o bronze, mas não importa, representaram bem o Brasil. Não tem apoio da CBF, não têm salários milionários, grandes patrocinadores, mas jogam como Grandes mulheres que são, valeu seleção brasileira de futebol feminino.
E como não poderia ser diferente lavei minha alma.
FORA TEMER.

Gritamos FORA TEMER mesmo, e teve coxinha que se encrespou, pra você que defende o golpe e foi nas olimpíadas taí o recado, quem proporcionou as plimpíadas e a Copa foram Lula e Dilma que você com sua educação de quinta categoria de classe média demonstrou ao mundo, pois agora fique sabendo que se o o golpe for consumado do golpista só espere a retirada de direitos. Marilena Chauí tem razão,. classe média é BURRA.
Muitos querem tirar uma mulher legitimamente eleita para colocar um bando de corruptos, me desculpe, mas você é otário, ou alienado, ou mau caráter, ou os três.
Infelizmente você vai se ferrar, mas não vai ser sozinho, nós que somos consciente iremos também, e você vai se juntar a nós pedindo pelo amor de Deus para fazermos algo juntos, como foi assim pela redemocratização, desejo que vocês acordem antes de toda desgraça feita.
Me desculpem se não estou fundamentando os textos como de costume, hoje não estou com paciência, e mesmo pelo fato de fascista e reacionário não levarem em conta a nossa instrução acadêmica, para eles é tirar o PT a esquerda que deu muitos direitos aos pobres, negros e periféricos e estes invadiram seus espaços de privilégio. Isso para eles foi uma afronta. Onde já se viu Senzala se misturar com Casa Grande, temos um lugar geograficamente delimitado onde estes só podem para serem usados como serviçal, depois disso que voltem para seus redutos da periferia e do subúrbio.
Haha, mas isso não vai ficar assim, somos a maioria, e o poder emana do povo, acreditem, nossa arma para conscientização de nossa condição de explorado hoje é maior que a de vocês de manipulação, e tenha certeza, vocês nos ajudaram e muito.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Família Reconstituída


Reflexão

Depoimento de uma mulher que superou a violência doméstica e o preconceito religioso
Meu nome G. V. 48 anos, casada pela segunda vez com um homem maravilhoso, e mãe de três filhos do primeiro casamento e avó de um menino que é minha riqueza.


Minha história não é diferente do que acontece ainda hoje em pleno século XXI. Separei-me aos 23 anos do pai de meus filhos por não suportar a violência, moral, física, psicológica. Já era evangélica na época isso em 1990, todos foram contra mim, pois “A mulher sábia edifica a casa e a tola destrói com as próprias mãos” Pv. 14:1


Não posso negar que tive apoio dentro da igreja de quem pensava diferente, mas a maioria preconceituosa e de até irmãs de igreja me difamavam. Não sabem o mal que me causaram. Enfrentei tudo e todos para ter meus filhos e cria-los contrariando todas as expectativas de que não seriam alguém, já que iriam ser criados sem pai.


Pois o que eu ouvia eram as malditas palavras: ”Ruim com ele, pior sem ele”. Preferi ficar só com meus filhos e enfrentar todas as adversidades, nós quatro e Deus.
 
Tachavam a minha família de incompleta e que deveria ser restaurada, que tinha que lutar pelo pai das crianças. Jovem, cansada e pensando nos meus filhos resolvi dar uma segunda chance, a pior loucura que fiz, não sei se foram piores os seis anos de casada ou os seis meses que resolvi dar a chance.


Minha filha na época com quase 9 anos um dia magoada e irritada me perguntou: “ Por que você voltou para o meu pai, não estávamos bem sem ele?” (sic).  Decidi a segunda separação, por fim abandonei a igreja, mas não abandonei a fé Naquele que tudo pode e me dava forças para viver. Tive vários quadros de depressão não tratados e que refletem em meu corpo hoje.

Perdoei a todos e não tenho mágoa de ninguém, escrevo esse depoimento, pois vejo que ainda hoje dentro das igrejas falam-se da família tradicional, só que eu fui uma família completa, eu e meus três filhos. Quando casei novamente eles já estavam adolescentes.

Eu sou um exemplo de que existem outras configurações de família e são felizes, e que necessariamente a família tradicional não funciona na maioria das vezes. Fui exemplo nas igrejas em que congreguei por ter meus filhos sempre ao meu lado e serem exemplos no meio dos jovens. 


Meus filhos são responsáveis, dedicados, o caçula está terminando a Faculdade, outro é professor, minha filha tem seu próprio negócio, trabalham e me respeitam, acima de tudo, me amam, e já ganhei genro e noras e um neto lindo.

Contrariamos a expectativas que como família “destruída” não criaria bons filhos.


Sou grata a Deus por que sem Ele eu teria cometido loucuras na hora do desespero, mas tive força e eu vi que poderia sair daquela condição que estava, e que para Ele o mais importante são as vidas, as pessoas.

Se você mulher estiver em uma situação parecida, não se desespere você não é OBRIGADA a sofrer como me disseram com a desculpa que pelos filhos tudo deve se suportar.
 
EU NÃO FUI TOLA, tolos foram os que me acusaram sem saber o que eu vivia. Sou uma mulher virtuosa e meu esposo depois de treze anos em que estava sozinha me encontrou, em seis meses nos casamos e no último dia 28 de novembro completamos doze anos de casados e felizes.


Somos uma família recomposta, reconstituída, ele veio também de uma separação e tem duas filhas e um neto amado. Escrevo esse desabafo para dizer que se as igrejas querem a família tradicional devem saber que nessas famílias mulheres sofrem violência doméstica, seus filhos vivem com um protótipo de pai na igreja e outro dentro de casa, isso é uma realidade.

Comentei uma vez sobre uma esposa irmã da igreja que apanhava do marido com o pastor e obreiros e obreiras da igreja, lastimavelmente a resposta que tive é que se ela fosse esposa de um deles provavelmente eles bateriam nela também, pois ela era “desobediente demais”.


Fiquem tranquilos sai dessa igreja há anos. Na época não tinha maturidade nem conhecimento o suficiente para ajuda-la. Deixo o meu apelo para que líderes religiosos tomem um posicionamento e repense a Bíblia contextualizando para os nossos dias, isso não é pecado, é AMOR.
EU EDIFIQUEI A MINHA CASA!


Por Lúcia Goulart

domingo, 3 de janeiro de 2016

Vamos refletir antes de sair postando tudo?


Bom, gente bonita, crítica e que gosta de refletir, aqui vai um daqueles meus textos que muitos acham chato e polêmico.

Está circulando na rede uma foto do Tammy no programa do Faustão e ao lado uma foto de uma mulher negra em vulnerabilidade social, puxando uma carroça com a qual ela coleta material para reciclar e com isso ela sobrevive e mantém sua família, sua aparência é notadamente pela foto de uma verdadeira sofredora. Não vou postar sua foto em respeito a ela não sei se em algum momento ela autorizou, Já o Tammy é figura pública.

Bom, aí tem uns dizeres na foto se referindo ao Faustão em seu programa assim: “O Faustão disse que "a" Tammy é guerreira por ter assumido que era gay para todo mundo, guerreira mesmo é essa mulher que luta com a vida para se sustentar e sustentar seus filhos. Quem acha curte e compartilha”

 Não preciso dizer que viralizou na internet. 

O interessante que essa polêmica partiu de uma jornalista que escreveu uma crônica e depois deu um depoimento na internet, eu não tive conhecimento disso, até que muitas pessoas com quem compartilho na rede social começaram a compartilhar a foto, e me incomodou muito, fui procurar mais a fundo acabei tendo acesso a um vídeo no Youtube, e em um trecho o que bastou para que eu nem terminasse de assistir o vídeo da jornalista da Ela dizia que guerreira era uma mulher que tirava o seio por causa de um câncer. Então para não querer ouvir mais absurdos parei.

 Aqui quero evidenciar alguns pontos de falso moralismo, preconceito e homofobia que passam despercebidos por muitos. Primeiro realmente Tammy não é "Guerreira" e sim Guerreiro, vamos fazer o favor de respeitar a identidade social que ele se identifica, e uma vez que ele se decidiu fazer a troca de sexo ele não é lésbica, ele é um homem transexual, quem tem alguma dúvida antes de qualquer comentário senso comum, faça uma pesquisa.

 Segundo, a mulher em vulnerabilidade social também não é uma guerreira, é uma lutadora sim, vítima da desigualdade social gritante em um sistema capitalista que precisa manter a miséria para que uma pequena parcela tenha altos lucros, ela é uma lutadora que sobrevive na miséria da desigualdade, é uma sofredora e jamais deveria ser usada como comparação nessa situação, quem fez isso deveria parar para pensar quais os motivos levaram aquela mulher e muitas outras pessoas a viverem nas mesmas condições que ela esta sobrevivendo não naturalizando, mas procurar meios de buscar uma transformação.

Pois com essa comparação a única coisa que fizeram foi "Naturalizar" a condição social em que aquela cidadã está vivendo. Terceiro, o que o Tammy fez com o corpo dele enquanto ainda estava na condição de mulher com sua namorada, e o quê a Gretchem fez, embora eu também acredite que seja uma objetificação do corpo da mulher, só diz respeito a elas e a mais ninguém. (Foi citado trabalhos que mãe e filha fizeram para público adulto).

Se somos contra, temos que levantar bandeira que empodere a mulher e mostre que ela é dona de seu corpo e ela faz com ele o que ela bem entender, e não o que a sociedade machista, moralista, patriarcal dite o que é certo ou errado. Devemos empoderar, dar autonomia para que deixe de ser objeto de poder masculino.

Quarto a mulher que é obrigada a fazer uma mastectômica ela não é guerreira por ter tirado o seio, mas por estar lutando contra um câncer, por não se entregar a essa doença cruel, sua família é guerreira por estar ao lado dela.

Quinto, precisamos saber que lésbicas, gays, transexuais, e toda comunidade LGBTS são sim guerreiros (as), e dizer que a condição do Tammy  é natural. 
O que não é natural é aceitar a miséria, naturalizar a condição da pobreza extrema como normal, como se uns nasceram para dar duro, ralar, que o homem nasceu pra ser “macho” e mulher pra se por no seu devido “lugar”, deixo claro que não faço defesa do Faustão e nem assisto seu programa.Mas tenho uma responsabilidade social e política de militância, feminista, com a população negra, e a comunidade LGBT que não poderia ficar calada.

Sexto fazer comparação com um transexual diminuindo seu sofrimento de viver em um corpo que ele não reconhece como seu, com outras situações dramáticas como a perversa vulnerabilidade social gritante em nossa sociedade, e que muitos só lembram dela para atacar grupos de minorias que não concordam, pois na verdade nunca fizeram nada para ao menos amenizar a dor dessas pessoas, e comparar com pessoas vitimas de CA, é no mínimo uma falta de sensibilidade, pois cada situação traz consigo seu drama particular e a comunidade LGBT deve ser respeitada, como as pessoas em vulnerabilidade social e os pacientes de CA. Todos os seres humanos devem ser respeitados e jamais usados como exemplo para atacar quem ou um grupo que você discorde por motivos morais, preconceituosos, e ainda levando outras pessoas através das redes sociais.

Pois bem, eu termino dizendo que Aberração é a forma que muitos veem o mundo, naturalizar a miséria, a desigualdade social, acreditar que sua transfobia, homofobia, é natural, que a miséria do mundo é natural, que comparar a dor de um paciente de CA para fundamentar o seu preconceito é natural é simplesmente um pensamento horroroso, cheio de ódio ao diferente.  

Espero que antes de desejar 2016 melhor, cheio de paz, amor a alguém reflita em seus preconceitos, para e procure se abrir para transformações. O ano só será melhor se as pessoas decidirem serem melhores.

Lúcia Goulart


Feliz 2016



Feliz 2016, com muito amor, paz, força, luta pela igualdade racial, de gênero, comunidade LGBT, acabando com essa frescura de meritocracia que eu nunca ensinei, sempre fui a favor dos injustiçados, excluídos, me sentei e me alimentei com os rejeitados.

As mulheres sempre estavam presentes comigo, e quando Marta sucumbida com os padrões da sociedade patriarcal e se sentia obrigada a servir aos homens, meus discípulos que me acompanhavam quando me hospedei na sua casa, de sua irmã Maria e de seu irmão, meu grande amigo Lázaro, Marta se sentindo injustiçada por Maria sua irmã quebrar as regras se sentando com eles e ouvindo o que eu ensinava, (o que não era comum na época) e reclamando comigo, pedindo que eu falasse para Maria ir ajuda-la, afinal servir é obrigação das mulheres. Eu disse a Marta :Maria escolheu a melhor parte. 

Conversei com a Samaritana que envergonhada por sua vida sexual, que para muitos era "imoral", indo buscar água no poço de Jacó ao meio dia, horário que ninguém iria pelo sol escaldante, e ela evitaria os olhares recriminadores reprovadores de sua conduta, eu conversei com ela sozinho, mesmo eu sendo um judeu e ela uma samaritana, dei a a ela uma palavra de conforto que reviveu sua alma mortificada pelo moralismo e fundamentalismo que mata. A mulher samaritana, na Bíblia que tantos hipócritas defendem, foi a primeira a anunciar os meus ensinamentos. 

Sou filho de uma mulher que engravidou antes do casamento, por "Ordem" de meu pai, "Deus", bom isso é questão de fé, mas foi fora da Lei de Moisés, e José meu pai adotivo aceitou. Os defensores da Bíblia hoje dizem que não seríamos uma família. 

Tenho em minha genealogia nome de cinco mulheres que pela Lei de moisés deveriam ser apedrejadas, indignas de possuir uma família, mas se isso tivesse acontecido eu não nasceria. A primeira foi Tamar está no livro de Gênesis 38:6-11, possivelmente era uma cananeia, isto é uma mulher negra, seu esposo filho de Judá faleceu sem ter deixado herdeiros, então Judá deu a ela seu segundo filho  para que gerasse filho em Tamar para que o nome do irmão não fosse apagado da terra, era um costume dos povos da época que se tornou lei mais tarde por Moisés, a Lei do Levirato (Dt. 25: 5-10). Mas esse segundo filho veio a falecer também sem engravida-lá. Judá pensando que essa mulher era amaldiçoada, mandou de volta para a casa de seus pais, coisa que ele não poderia fazer, pois a mulher quando casava passava a pertencer a família do marido, pois ele lhe disse quando meu filho mais novo tiver idade para casar lhe darei este . 

Porém a intenção era ser livrar dela.Judá passado alguns anos ficou viúvo, Tamar sabendo disso, e que também seu cunhado mesmo na idade de casar Judá não pretendia faze-lo, teve uma estratégia, ao saber que seu sogro, depois que o luto dele havia passado e viria com seu rebanho a cidade, tirou seu traje de luto, cobriu o rosto com um véu e ficou na estrada, Judá ao vê-la pensou que se tratava de uma prostituta e pediu para se deitar com ela. Ela perguntou o que ele daria em pagamento, ele respondeu que mandaria uma ovelha do rebanho, Tamar pediu um penhor, que foi o cajado, o selo e um lenço. Quando seus homens voltaram para entregar a ovelha não encontraram mais, e ao perguntarem disseram que nunca esteve uma prostituta naquele lugar.

Passado algum tempo descobriram a gravidez de Tamar e correram contar ao "Justo" Judá, ele disse tirem ela para fora para que seja queimada viva e pague o preço do seu adultério. "A sociedade patriarcal sempre foi tão justa, sempre teve um peso para os homens e outro para as mulheres". Ela mandou entregar os pertences que recebeu de Judá quando engravidou dele e disse do homem que pertence essas coisas é que eu engravidei. Envergonhado ele respondeu, "mais justa é ela do que eu, pois não cumpri com meu dever"

A outra mulher é a prostituta sagrada Raabe que ajudou os espiões enviados por Josué a Jericó, ela e sua família foram salvos e foram morar no  acampamento dos israelitas, ela se casou e está na minha genealogia também, lembrando que Jericó é uma das cidade de Canaã, Raabe era também uma mulher negra.

A terceira mulher é Rute, uma moabita, lembrando que a origem dos moabitas se deu com a destruição de Sodoma e Gomorra, a mulher de Ló vira sal, e Ló fica isolado em uma caverna com as duas filhas, essas pensando que o mundo havia acabado e somente eles sobrevivido, e para que o ser humano não fosse exterminado combinaram de embebedar o pai e uma noite uma dormiria com o pai e na outra a segunda filha dormiria, as duas conceberam e cada uma deu a luz a um filho que gerou um povo, uma gerou Amon pai dos amonitas, e a outra gerou moabe, pai dos moabitas. Rute era uma moabita, uma estrangeira, que perdeu seu marido, e permaneceu leal a sua sogra Noemi. E foi redimida por Boaz e gerou Obede avô de Davi, Boaz era neto de Raabe, provavelmente negro.

A quarta mulher foi Betseba, embora ela tenha sofrido mais uma violência do que cometido um pecado, mas como a cultura do estrupo é muito antiga e a vítima é sempre culpabilizada, com essa mulher não foi diferente. Davi estava desocupado, enquanto Israel guerreava e viu uma mulher se banhando a desejou e mandou busca-la, ela simplesmente foi, como dizer não para um rei naquele tempo? Depois de satisfazer seu ego de macho alfa dispensou seu brinquedinho. Passado algum tempo, Betseba manda-lhe avisar que estava grávida. 

E agora Davi? Simples, eu sou rei dou um jeito pra tudo, chamo Urias esposo de Beteseba, que estava na guerra, janto com ele e depois mando ele pra casa passar a noite com sua esposa, pronto, tudo resolvido, a única coisa que o rei não esperava é ter um súdito, e soldado leal que se recusaria estar com sua esposa enquanto amigos estavam morrendo na guerra. Plano B, Davi manda uma carta pelo próprio Urias para o General Joabe, para colocar Urias na frente da batalha, quando o exercito inimigo avançasse Joabe desse ordem para recuar deixando Urias sozinho para morrer. 

E foi isso que aconteceu.Mas, sabe quem todos culpam nessa história? Betseba, quanto a Davi, justificam suas "falhas", afinal ele foi um homem com o coração segundo a vontade de "Deus".

A quinta mulher, minha mãe Maria, uma mulher que engravidou antes do casamento por "Ordem" de meu pai, "Deus", bom isso é questão de fé, mas foi fora da Lei de Moisés, o que poderia lhe fazer perder a vida se José meu pai adotivo não tivesse fé e aceitasse a situação como está relatado nos evangelhos. Minha mãe, Maria também não teve escolha, ela simplesmente teve que aceitar, enfrentou várias dificuldades, e hoje todos dizem que foi um privilégio, pode ter sido, mas ela pagou um preço muito alto, afinal ser mulher nas condições que relatei aqui era um fardo triplicado, pois ser mulher nessa sociedade já era um sacrifício, e para completar, os defensores da Bíblia hoje dizem que não seríamos uma família. Resumindo não sei o que dê fato eles defendem, pois o que eles querem impor não foi nada do que eu jamais fiz ou ensinei.

Mandei vender tudo que tinham e dar aos pobres, compartilhar, não ajuntar riquezas na terra, sempre fui contra a exploração e acumulação de bens enquanto outros nada tinham. Essa tal de teologia da prosperidade vai contra tudo o que eu ensinei. Não vejo ninguém falar de amar ao próximo como eu amei, cuidar do pobre e necessitado, da viúva e do órfão.

Convivi com doentes, leprosos, questionei o modelo religioso vigente, não concordei com o modelo do Império Romano, mas meu objetivo principal era quebrar as amarras que faziam com que os judeus se submetessem ao império romano sem questionar através dos líderes religiosos. Pois enquanto o povo sofria os religiosos tinham privilégios por controla-loso a não se rebelar. Quebrei paradigmas, mostrei que o sábado foi criado para o homem e não o homem para o sábado. O sermão da Montanha foi o que mais de revolucionário eles já tinham ouvido. Ensinei a compartilhar. 

Quando disse: 28 Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. 29 Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. 30 Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.Eu me referia ao jugo e fardo imposto pelos líderes religiosos que tornavam a vida do povo muito pesada, sendo que nem eles que davam as ordens eram capazes de cumprir, eu convidei e convido de novo, fuja desses ladrões, salteadores, mercadores da fé, falsos moralistas.


Que esse ano de 2016 vocês possam estudar, se libertar de seus falsos pastores, eu não fundei religião, não instituí pastores, antes disse que Eu sou o verdadeiro pastor.E em Jo 10:10 [...] O ladrão veio para matar, roubar e destruir [...] eu não me referia ao diabo e sim aos falsos pastores, peguem o texto e leiam inteiro, não façam o jogo deles de pegar textos fora do contexto, eles fazem isso para manipular vocês e mante-los como presa fácil, assim tiram sua gordura e sua lã. 
Fiquem esperto, não fui comunista, mas entre o socialismo e o capitalismo podem me chamar de JC o comunista que andou pela Galileia. O revolucionário que ainda é exemplo de vida para muitos, mas que muitos distorcem meus ensinamentos.

Lucia Goulart